Ah! Deus!
Cada dia mais e mais
Sou assolado pela deficiência
De assunto, do quê falar
Nem pergunto o porquê
Sei a resposta
Sim, eu sei
É esse fastio em que (dês) vivo
Já não me satisfaz mais percorrer
Zanzar, deixar os pés me levarem
Circular, peregrinar a esmo
Me deixar perder pelas ruas
Me indago:
“Quem estará mais vazio:
Eu? A cidade à minha volta,
Ou os chãos que (re) piso?”
Vos engano, iludo, ludibrio, tapeio
Tomo de vocês tamanho tempo,
Tão precioso, me lendo
Buscando entender o que tento dizer
Entendam, coisa nenhuma vos digo, nada,
Sim, confesso, sou uma embalagem vazia
Um palco abandonado
Sou a folha de jornal que o vento leva
De volta pelas mesmas ruas
Avenidas, alamedas, becos
Que há tão pouco tempo,
Perdido em pensamentos, passei
4 comentários:
Cara, como é que você diz que não tem nada a dizer depois de um poema desses???????
Gastou...
Até se sentindo uma folha de papel vazia, vc faz bonito***
nem perto de uma embalagem vazia vc chega...há muito mais ai dentro do possamos imaginar..não é a toa..que a cada dia que passa..vc nos surpreende mais e mais..
tem tanta coisa ai..que na dúvida...pode parecer que não há nada...a disputa é grande..Oh! Glorioso Ranzinza.
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