CAPÍTULO SETE
(Música suave)
(agulha arranhando disco)
Narrador - (alguma música melosa e chata de Kenny G) - Após sua recuperação da circuncisão, Eriberto da Costa segue sua rotina noturna de volta para casa mais uma vez. Ao passar por uma lanchonete onde acabara de comer 1kg de amendoim sem casca e ter conversado calorosamente com um travesti fantasiado de galo da madrugada, vinda de uma festa à fantasia na Igreja de Nosso Sr. do Quadrado Universal, enfia a mão no bolso e retira um objeto sólido, tendo por base um polígono qualquer, e por lados triângulos que se reúnem num mesmo ponto, criando um vértice. Ou seja caros ouvintes (música de suspense) ... uma pirâmide!
Ele então se desfigura completamente quando olha para o objeto, e sai à caça daquele que havia há pouco, preenchido o vazio da noite solitária que vive a cada novo anoitecer.
Volta para a lanchonete e convida o traveco para um passeio.
(ao fundo, baixo, ouve-se I’ll Survivor)
Narrador - E no momento em que passam pela Rua Rego Souto com a Rua Das Caixas ele retira de dentro do bolso dianteiro direito (bolso das moedas), uma faca dentada, usada para abrir picadas na selva com grande facilidade, ainda com a etiqueta de preço e a garantia de 10 anos ou 1000 vítimas, e desfere 129 punhaladas no pé esquerdo do traveco, que minutos depois, viria a morrer de insuficiência hepática.
Quando sai de lá, deixa em cima do corpo, bem na testa da vítima, a pirâmide, sem antes é claro tatuar com henna no peito da vítima as iniciais BB.
Eriberto da Costa - Pronto, agora estou melhor - exclamou!!! - A próxima vítima será um certo delegado que odeio com todas as minhas forças... E eu, Bianca Bill, estarei completamente vingadaaaaaaaaaa!!! (Eco)
(som de harpa, passarinho)
(agulha arranhando disco)
Dr. Epiphanio Luzico – (sons de tapas) - Acorde Eriberto, acorde, saia desse sonho psicótico, você esta sob efeito da anestesia, para de falar bobagens. (sons de tapas) Vamos Eriberto, recupere-se, temos muito trabalho a fazer e minha mulher quer saber como estou me sentindo na pós-cirurgia. Vamos Eriberto- (sons de tapas) – tenho que explicar para aminha mulher como estou me sentindo. Eriberto -(sons de tapas) – não foi esse o desenho de sereia que eu pedi para a minha tatuagem - (sons de tapas) – Não sei porque eu fui contratar um incompetente como você - (sons de tapas) – Acorde, acorde, acorde (fade-out)
(música mais chata ainda de Kenny G)
Eriberto da Costa (murmurando) - Vingança, vingança, vingança...
(som de vidraça sendo quebrada)
Narrador – E através da vidraça da janela do décimo quinto andar do hospital uma réplica de pirâmide é arremessada.
Dr. Epiphanio Luzico – Mas que maçada! - (sons de tapas) – Eriberto acordE agora mesmo, outro crime foi cometido! - (sons de tapas) – Acorde, acorde, acorde (fade-out)
(vinheta dramática)
Narrador – No próximo capítulo teremos revelações assustadoras. (vinheta de suspense) - Quem teria sido capaz de arremessar uma réplica de pirâmide, através de quinze andares e acertar o quarto de Eriberto da Costa! - (vinheta de suspense) – Saberemos por que Eriberto porque Eriberto se submete assim aos caprichos do Doutor Epiphanio Luzico. Haverá poi ai um mistério insondável? - (vinheta de suspense) – Como o Doutor Epiphanio Luzico que somente se preocupa com o próprio umbigo pensa em resolver essa onda de crime? - (vinheta de suspense) – Por onde andam os nossos personagens diferenciados Legina Herena e Régio Campos D’Orvalho? - (vinheta de suspense) - Estarão eles envolvidos direta ou indiretamente nesses crimes? - (vinheta de suspense) – Quantos capítulos mais terão essa novela? - (vinheta de suspense)
(som de telefone tocando)
Narrador em off - Quando nossos ouvintes entenderão que minhas perguntas são retóricas? (vinheta de suspense)
FIM DO CAPÍTULO SETE
Continua aqui
2 comentários:
Eu gosto do Kenny G
Pqp!
Até onde vc vai nessa decadência?
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