(Uma história (i)real)
1. Primeiro chegaram arrebentando as paredes. Depois as levantaram e pintaram, deram acabamento de gesso, coisa bonita de ser ver, depois;
2. chegararam os eletricistas, arrebentaram as paredes, passaram canos para fios, mais fios para as lâmpadas, e outros tantos para as tomadas, quando eles se foram vieram os;
3. pedreiros reformar as paredes outra vez. Pintaram, recolocaram os gessos, limparam o salão e se foram para;
4. que o pessoal da informática instalasse os cabos lógicos, logicamente arrebentando novamente as paredes, o gesso recém recolocado no teto, empurrando as mesas e os outros móveis, arranhando o chão já tão sofrido. Foram-se e;
5. voltaram os pedreiros para repintarem as paredes e recolocarem os gessos de volta ao teto. Sentado à minha mesa olhava aquilo entre desolado e histérico, roendo as unhas, quando olho para a porta;
6. os marceneiros chegam para retirar as persianas. Arrebentam as paredes na operação. No chão acumulam-se persianas e pedaços de cimento e gesso que caiu do teto. Horas depois chegam as faxineiras. Depois de tudo limpo;
7. voltam os pedreiros. Cimentam os buracos de onde saíram as persianas. Pintam outra vez as paredes e outra vez o gesso e recolocado no teto. Minhas unhas já se acabaram, acho que agora vão cair-me os cabelos. Pensando nisso vejo;
8. chegar o pessoal que vai passar cascolaque no chão de taquinhos dos anos quarenta (não perguntem o século). Saímos da sala e vamos embora para casa, afinal o cheiro é forte demais. No dia seguinte;
9. nem bem chegamos à repartição, nos damos bonsdiasecomovão, comentamos como o chão ficou bom, quando;
10. voltam os pedreiros para, agora, pintarem o teto!
3 comentários:
AH AH AH!
ROBERTO! MUITO BOM!
Você Não é desse mundo
Beijos
Mirze
Nossa, melhor coisa ão há pra vc, pelo menos sai um pouco da repartição...
Compreenda, há necessidade dos eminentes gestores públicos superfaturarem umas notinhas fiscais, porisso há tanta imbecilidade nas obras públicas.
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