O mar abriu-se à sua frente, ela abriu os braços também, mergulhou.
O mar a abraçou, ela se deixou abraçar, aos poucos soltou o ar em forma de bolhas, que como estrelas cintilavam e subiam em direção ao céu enquanto ela afundava na escuridão fria e salgada.
O sol continuou brilhando durante as buscas, mas as ondas apagaram suas pegadas...
- E depois?
- Depois o quê?
- Não vá me dizer que a história se limita a isso? Acaba assim?
- Sim. Isso é uma mini narrativa. Você lê o texto, “vê” a imagem e pronto, acabou!
- Só isso? Vê e acabou? Você acha que alguém quer ler isso? Uma imagem e acabou? E aquele começo, - "Contaram-me essa história assim". – Você não pode estar falando sério. Isso não é escrever uma história, não é não!
- O que mais você queria ler? O começo é gancho dramático para emprestar alguma veracidade ao texto. Isso não lhe bastou?
- Claro que não! Quero um começo, meio e fim. E necessariamente nessa ordem!
- Preguiçosa...
- Mau escritor.
Cai o pano! (click para ouvir)
Um comentário:
Será que a moça pensou que as bolhas eram gazes, achou que ele estava satirizando sua flatulência e porisso ficou com raiva do escritor?
Postar um comentário