2010/10/04

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Acordo, hoje segunda-feira, dia 04 de outubro, com a sensação de ressaca e vergonha, e vejo pelas ruas que o sentimento é quase o mesmo. As ruas continuam sujas.
Os “santinhos” estão ainda colados no asfalto.
Conversando por e-mail com colegas vejo que votamos quase nos mesmos candidatos, todos perdedores, - graças a Deus! Repetimos.
Se tínhamos dúvidas sobre a verdadeiras função do Congresso, agora temos certeza, votaram num palhaço.
Um milhão de votos!
O que significa que existe em território Nacional pelo menos – com título de eleitor e muita cara-de-pau - um milhão de palhaços que se identificam com ele...
Vamos mal, muito mal.
Na minha zona eleitoral tive que mostrar um documento com foto, mostrei minha carteira nacional de habilitação, a mesária olha para a foto, olhou para mim, tornou a olhar para a foto – chovia, meus pés estavam começando a ficar molhados – ela ainda olhou para minha foto e para mim mais duas vezes, e por fim, perguntou-me à queima-roupa:

- Nome da sua mãe?

- Você está falando sério? – perguntei entre indignado e espantado.

A pobre criatura explicou-me que era obrigada a perguntar isso a todo mundo, - Ordens são ordens – rebateu.

- Declinei, então, o nome da minha mãe.

Entrei, fui à urna, encarei aquela máquina, puxei do bolso minha “cola” e pus-me a teclar o número de meus candidatos.
Poucos segundos depois saia de lá com certeza que poderia ter continuado a dormir, pois o domingo além de chuvoso estava frio.
E hoje, vejo que tinha razão.
Tudo está como era antes...
Nada mudou.

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