Fala-me ele de seu tio Nenê
Da mesa posta aos domingos
Da briga de irmãos e primos
Pela primazia dos bicos da baguete
Fala-la me o velho dos almoços
Dos espaguetes, das manchas na toalha da mesa
Do vinho tinto dos grandes
Dos vinhos com soda dos pequenos
Do charuto e do Gardel girando
Do tio Nenê na cadeira de balanço
Do cachorro roendo os ossos que sobraram
Ah! Ele quase chora...
As bolinhas de gude, a troca de figurinhas
Fala-me ainda do café com leite à tarde
Os bolos...
Os bolinhos de chuva
Geleia de goiaba do quintal
As histórias que tio Nenê contava...
Ele chora
Pois o que mais dói em suas lembranças
Eram os fins dos domingos!
Um comentário:
Vero, Lunedi non è facile...
Postar um comentário