Feliz é o Rodrigo, longe de todos e possivelmente com neve.
Nem parece que “aquela” data está chegando!
Estou anormalmente calmo, desestressado, sem rompantes, afável, agradável. Olho as vitrines enfeitadas sem engulhos ou calafrios. Não penso em dar rasteira nas velhinhas com sacolas, até cumprimento um ou outro nas ruas.
Ando sorrindo, mas percebo que assusto aqueles à minha volta. Mas compreendo que deve ser mesmo assustador essa cena.
Ok, o calor me incomoda e me enerva, mas ainda não é culpa “daquela” data.
Já comprei até alguns presentes, besteiras, umas lembrancinhas para não deixar essa data passar batida...
Para quem não me conhece, nem imagina a evolução que é isso. Uns dirão que a minha provecta idade está me amolecendo, não os contrariarei!
Vejam só, não vou contrariá-los!
Deve ser o sinal dos tempos. Ou minha esperança no fatídico fim do mundo antes daquela data. Sei lá.
Lá fora (estou trabalhando agora) o foguetório estourou possivelmente vitória do Corinthians. Conferi n e ganhou de 1 x 0.
Isso deve alegrar a patuleia e incomodar à hora do almoço, mas seguirei fleumático e superior, nada há de me abalar até o fim do ano ou fim do mundo, o que vier primeiro.
Até agora nada de convites, fugi de todos os amigos secretos do serviço, não fui à confraternização, nada de almoçar com colegas do escritório. Não quero me arriscar.
Preservo-me de aborrecimentos. Essa luta, nesse ano, não há de ser inglória como em anos passados.
Não chutarei os velhos fantasiados gritando os eternos e indefectíveis:
- Ho ho ho ho!
Não olharei para eles com sanha assassina, mas não me pouparei de desejar-lhes uma leve desidratação (ainda há um pouco do velho EU dentro de mim).
Se estou mais light não quer dizer que entreguei os pontos, que vou me irmanar com o próximo, nada de abraços, beijos e tapinhas nas costas. Não, não vou não.
Resumindo, ainda continuo o velho amargo de sempre.
Não se iludam e nem se arrisquem.
9 comentários:
AMO seus contos de Natal Tio!
Muito bom esse!
Espero que esse ano iremos entregar os abacaxis anuais do Vladimir.
Abraço e PARABENS Cronica.
Sim, tradição é tradiçã, o Memorioso Vadinho não há de passar o Natal (data tão cheia de significados & sacanagens) sem seus três (por cinco reais na porta do carrefour) abacaxis.
Aposto que ele rói suas unhas na esperança de recebe-los.
Simplesmente... Único. Como todos os textos que pude ler aqui. Muito legal!
Benvinda a esse cantinho Isabela.
DEFINITIVAMENTE ESTE NÃO É VOCÊ...OU É? ...mas tudo muda, ou não!
Lembre-se, estou ficando velho...
O Papai Noel é para as crianças. Nós adultos precisamos de Deus, representado pelo nascimento de Jesus. Entendo haver atualmente uma carnavalização do Natal com baladas e rojões, coisas que não aconteciam antes. Cada ano que passa aumenta mais o barulho, parece passagem de ano.
Esse ano foi o ano do meu titio todo zen.
eu querooo sangue na sua crônica de natal poxa!! kkkkkkkkkk
enfim, mais um fim de ano vem ai e estou na espera que o fim do mundo venha mesmo para compensar!
O FIM (se vier mesmo) há de nos redimir a todos!
OREMOS!
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