Da janela, costumava ver o céu e suas várias cores no decorrer do dia, as aves, os barcos que entravam e saiam do cais, as pessoas passando pela rua, descendo dos barcos, os trens, caminhões, lentamente começava a ver cunhados pedindo favores, logo seguido de dragões, fadas, duendes, gigantes famintos e anões armados até os dentes, bestas horríveis, feras medonhas, criaturas assustadores, seres saídos dos piores pesadelos, ouvia sons aterrados, davam-lhe tanto medo que ele se refugiava sob a mesa de trabalho e antes de entrar em choque acabava sempre por escutar uma voz distante que gritava à beira do mais bárbaro histerismo:
- Passou o efeito do lexotan dele, mediquem esse homem pelo amor de Deus!
...e a escuridão o abraçava.
4 comentários:
E a vida passa e ele não vê. Sob efeito de remédio a vista embaça;
Excelente!
Beijos
Mirze
É o Saboya!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Nada disso Compañero CAstro, o supra-citado é "O" pesadelo!
Então...
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