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r
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l
senador feijó
c
â
m
a
r
a
sete horas da manhã duma segunda –feira
num bar imundo
classificação “cinco baratas*”
um bêbado escorado numa parede
segurando um copo de cerveja
grita para uma puta que chora:
- Você não vale nada prá mim, nada!
Ela tenta abraçá-lo
escandalosamente chora
arruma a meia arrastão
que de tanto uso
está furada
a maquiagem de ontem
borra-lhe a cara inchada
e insone
ele esvazia a garrafa
e pressinto que escorregará de vez pela parede suja
rumo à sarjeta
não metafórica
mas literal
Caminhando penso enquanto procuro meu crachá na carteira:
"- afinal cada se prostitui de um jeito"
4 comentários:
O que me consola e que este mundo está para acabar!
Somente Vadinho, O Memorioso pode afirmar isso!
acho que já acabou inclusive
Sempre Sábio, meu orgulho!
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